quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo-Resumo do livro

Autor: Joaquim Manuel de Macedo

Resumo do livro A Moreninha:

Augusto, Leopoldo e Fabrício estavam conversando, quando Filipe chegou e os convidou para passar um fim de semana na casa de sua avó que ficava na Ilha de Paquetá. Todos ficaram empolgados, menos Augusto. Filipe comentou a respeito de suas primas e de sua irmã, que provavelmente estariam na ilha. Foi quando surgiu uma discussão que deu origem a um aposta; Filipe desafiou Augusto dizendo que se ele não se apaixonasse por uma das moças ali presentes, no prazo de um mês, seria obrigado a escrever um romance sobre sua história. Passaram-se quatro dias, Augusto recebeu uma carta, que lhe foi entregue por seu empregado Rafael, a mando de Fabrício. A carta dizia que o namoro de Fabrício com D. Joaninha não estava indo muito bem, pois ela era muito exigente.

Ela fazia-lhe pedidos absurdos como escrever quatro cartas por semana , passar quatro vazes ao dia em frente à sua casa e nos bailes ele teria que usar um lenço amarrado em seu pescoço , da mesma cor da fita rosa presa a seus cabelos. Terminando a leitura, Augusto começou a rir porque era ele quem sempre aconselhava Fabrício em seus namoros. Na manhã de sábado, chegou à ilha e encontrou seus amigos, que estavam a sua espera. Entrando na casa, se dirigiu à sala e se apresentou, em seguida foi procurar um lugar para sentar-se perto das moças.

Foi então que ele se deparou com D.Violante, que lhe ofereceu um assento. Ela falou por várias horas sobre suas doenças, e perguntou o que ele achava. Augusto já irritado de ouvir tantas reclamações, disse que ela sofria apenas de hemorróidas. D.Violante se irritou, afirmando que os médicos da atualidade não sabem o que falam. Fabrício chegou interrompendo a conversa e chamou Augusto para um diálogo em particular.

Os dois começaram a discutir sobre a carta, pois Augusto disse que não pretendia ajudá-lo em seu namoro com D.Joaninha. Fabrício então declarou guerra a Augusto. Logo após a discussão, chegou Filipe chamando-os para o jantar. Na mesa, após todos terem se servido, Fabrício começou a falar em tom alto, dizendo que Augusto era inconstante no amor. Ele, por sua vez, não respondeu as provocações, mas, na tentativa de se defender, acabou agravando ainda mais a sua situação perante todos. Após o jantar, foram todos passear no jardim e Augusto foi isolado por todas as moças. Apenas D.Ana aceitou passear com ele. Augusto quis dar explicações à D.Ana, mas preferiu ir a um lugar mais reservado.

Ela sugeriu então que fossem até uma gruta, onde sentaram num banco de relva. Começaram a conversar e Augusto contou sobre seus antigos amores e entre eles do mais especial, que foi aos treze anos, quando viajando com seus pais conheceu uma linda garotinha de oito anos, com quem brincou muito na praia, quando um pobre menino pediu-lhes ajuda. Eles foram levados a uma cabana onde estava um velho moribundo a beira da morte. Sua mulher e seus filhos estavam chorando. As crianças comovidas deram todo o dinheiro que possuíam à mulher do pobre velho.

O velho agradeceu e pediu de cada um deles um objeto de valor. O menino deu-lhe um camafeu de ouro que foi envolvido numa fita verde e a menina deu-lhe um botão de esmeralda que foi envolvido numa fita branca, transformando-os em breves. O camafeu ficou com a menina e a esmeralda com o menino. Depois trocados os breves, o velho os abençoou e disse que no futuro eles se reconheceriam pelos breves e se casariam. Foram embora e a menina saiu correndo de encontro a seus pais sem ter revelado o seu nome, e a partir daquele momento nunca mais se viram.

Acabada a história Augusto levantou-se para tomar água. Ao pegar um copo de prata foi interrompido por D.Ana que resolveu lhe contar a história da gruta, que era a lenda de uma moça que se apaixonara por um índio que não a amava e de tanto ela chorar, deu origem a uma fonte, cuja água era encantada. Disse também que quem bebesse daquela água teria o poder de adivinhar os sentimentos alheios e não sairia da ilha sem se apaixonar por alguém. D.Ana explicou também que a moça cantava uma canção muito bela, quando de repente eles escutaram uma linda voz.

Augusto perguntou a D.Ana de onde vinha aquela melodia e ela explicou que era Carolina que cantava sobre a pedra de gruta e ele ficou encantado. Logo após o passeio, foram todos até a sala para tomar café e a Moreninha derramou o café de Fabrício sobre Augusto. Ele foi se trocar no gabinete masculino quando Filipe entrou e sugeriu que ele fosse se trocar no gabinete feminino, para que pudesse ver como era. Augusto aceitou e enquanto se trocava, ouviu vozes das moças que iam em direção ao gabinete. Ficou apavorado, pegou rapidamente as roupas e se enfiou debaixo de uma cama. As moça entraram, sentaram-se e começaram a conversar sobre assuntos particulares. O rapaz ouviu toda a conversa e quase não resistiu ao ver as pernas bem torneadas de Gabriela na sua frente. De repente ouviram um grito e Joaninha disse que a voz parecia com a de sua prima D.Carolina.

Todos saíram correndo para ver o que estava acontecendo e Augusto aproveitou para terminar de se trocar e saiu do gabinete para ver a causa daquele grito. O grito era da Moreninha que viu sua ama D. Paula caída no chão, devido a alguns goles de vinho que tomou junto do alemão Kleberc. D.Carolina não queria acreditar que sua ama estivesse bêbada e levaram-na para o quarto. A Moreninha estava desesperada quando Augusto, Filipe, Leopoldo e Fabrício entraram no quarto e percebendo a embriaguez da velha senhora começaram a dar diagnósticos absurdos. D.Carolina só acreditou em Augusto e não aceitou o verdadeiro motivo do mau estar de sua ama.

Todos saíram do quarto e se dirigiram até o salão de jogos. Augusto foi conversar com D.Ana e perguntou sobre o paradeiro da Moreninha. D.Ana disse que ela estava no quarto cuidando de sua ama. Augusto foi até até o aposento e chegando na porta viu uma cena inesquecível; ela lavava com suas delicadas mãos os pés de sua ama e ele comovido se ofereceu para ajudá-la. Depois disso Augusto sugeriu que a deixasse repousar pois no dia seguinte estaria bem. D.Carolina foi se trocar para em seguida ir ao Sarau, colocou um vestido muito bonito mas fora dos padrões normais, pois mostrava parte de suas pernas.

Todos queriam dançar com ela e Fabrício pediu-lhe a terceira dança, mas a garota mentiu dizendo que iria dançar com Augusto. Ele por sua vez dançou com todas as moças e jurou-lhes amor eterno, inclusive para a Moreninha. No fim da festa Augusto encontrou um bilhete que estava em seu paletó, dizendo para ir à gruta no horário marcado e logo após encontrou outro no qual dizia que aquilo era uma armadilha. No dia seguinte, Augusto foi até a gruta no horário marcado e encontrou as quatro jovens e antes que elas pudessem falar, foram surpreendidas pelo rapaz que contou cada uma o que ouvira no gabinete. As moças ficaram revoltadas e depois de irem embora Augusto foi surpreendido pela Moreninha que começou a contar a conversa dele com D.Ana. Mas primeiro ela tomou um copo da fonte e foi por este motivo que Augusto ficou mais impressionado pois lembrou-se da lenda da fonte encantada, e logo depois do susto, declarou-se a ela.

Depois de acabadas as comemorações, as pessoas voltaram para suas casas. Augusto não se cansava de contar sobre D.Carolina para Leopoldo, que sempre dizia que aquilo era amor. Os rapazes acharam conveniente visitar D.Ana, Augusto se encarregou dessa tarefa no domingo. D. Ana foi recebê-lo e contou-lhe que D.Carolina estava triste até saber se sua vinda para a ilha. Durante o almoço Augusto viu um lenço na mão de D.Carolina e adivinhou que ela o tinha bordado e após muita conversa D.Carolina resolveu ensiná-lo a bordar. Depois do almoço, Filipe e Augusto foram jogar baralho, quando ouviram o chamado da Moreninha para a primeira aula de bordado. A lição acabou ao meio dia e Augusto achou prudente ir embora, despediu-se de todos e combinou com D.Carolina, que no domingo seguinte voltaria e traria o lenço já terminado. No domingo seguinte, Augusto voltou até a ilha e levou o lenço totalmente pronto, para que sua mestra pudesse o ver, ela não acreditou que ele fizera um trabalho tão bem feito e começou a chorar, dizendo que ele tinha outra mestra.

Augusto tentou explicar-se de todas as maneiras possíveis, e disse que o lenço fora comprado de uma velha senhora. Depois de muita insistência a Moreninha aceitou a situação, pois D.Ana disse-lhe que sua atitude era infantil. Depois do incidente Augusto chamou a Moreninha para um passeio e percebeu que ela estava um pouco nervosa, foi então, que ele perguntou-lhe se havia um amor em sua vida, ela respondeu com a mesma pergunta e Augusto disse que o grande amor de sua vida era ela.

A Moreninha ficou imóvel e disse que o seu amor poderia ser ele. Augusto voltou para sua casa e foi proibido de voltar à ilha por seu pai pois seus estudos estavam sendo prejudicados. D.Carolina não era mais a mesma desde a partida de Augusto que agora estava em depressão. Seu pai, vendo que estava prestes a perder seu filho, achou melhor que Augusto voltasse à ilha e pedisse a mão da Moreninha em casamento. Chegando próximo à ilha, viram a Moreninha cantando sobre a pedra, e ela ao vê-los ignorou-os. D.Ana foi recebê-los e o pai de Augusto explicou a situação se seu filho. Eles foram até a sala e de repente a Moreninha apareceu com seu vestido branco chamando a atenção de todos, foi então que o pai de Augusto fez o pedido diretamente a Moreninha, pois seu filho não tinha coragem o suficiente.

A moça ficou assustada e disse que daria a resposta mas tarde na gruta mas D.Ana disse ao pai de Augusto que não se preocupasse, pois a resposta seria sim. Augusto, ansioso, foi até a gruta e chegando lá encontrou a Moreninha, os dois conversaram e ela perguntou se ele ainda amava a menina da praia. Ele disse que não pois seu amor pertencia somente a ela. Ela disse que não poderia se casar pois ele já estava comprometido com outra pessoa. Irritado, ao sair da gruta foi surpreendido quando ela lhe mostrou o breve verde. Augusto não agüentou a emoção e pegando o breve ajoelhou-se aos pés da Moreninha, começando a desenrolar o breve reconhecendo o seu camafeu.

O pai de Augusto e D.Ana entraram na gruta e não entenderam o que estava acontecendo, acharam que os dois estavam malucos e Augusto dizia que encontrara sua mulher e a Moreninha por sua vez dizia que eles eram velhos conhecidos. Logo após Filipe, Leopoldo e Fabrício viram a alegria do novo casal, mas Filipe foi logo dizendo que já se passaram um mês, Augusto perdera a aposta e deveria escrever um romance. Augusto surpreende a todos dizendo que o romance já estava pronto e se intitulava A Moreninha.

Baixe o livro.

http://www.coladaweb.com/download-de-livros/joaquim-manuel-de-macedo/a-moreninha

A Escrava Isaura - Bernardo Guimarães-Resumo de livro

Autor: Bernardo Guimarães

Resumo do livro:

O livro trata de Isaura, escrava que nasceu quase branca e é tratada como filha por sua sinhá, alvo da luxúria e paixão de Henrique (fugazmente), Leôncio (maléfica, controladora e luxuriante), Belchior (ridícula, servil e confusa) e Álvaro (pura e amorosamente). Outros sentimentos dirigidos a Isaura incluem a inveja de Rosa (outra escrava, preterida por Leôncio como amante)e o carinho de seu pai Miguel. No começo trata-se do passado de sua mãe, maltratada por seu dono, o pai de Leôncio, que a tem com um ex-feitor de bom coração. Quando estava para ser forra morre este dono e Leôncio a herda, sem intenções de alforriá-la. A esposa deste o deixa e ele manda Isaura para um cativeiro. De lá ela e o pai fogem para Recife onde conhece Álvaro e se apaixona por ele. Vai a um baile da alta sociedade e é muito admirada por seus dotes físicos e culturais, mas é denunciada como escrava pelo ganancioso Martinho. De volta no Rio é presa por dois meses no tronco e seu pai vai para a cadeia. Prestes a ser liberta para se casar obrigada com o deformado Belchior pela liberdade, achando que Álvaro está casado, é impedida por este que liquida os bens de do falido Leôncio, que se mata para fugir da humilhação. A história foi adaptada várias vezes para outras mídias, a mais célebre sendo a novela com Lucélia Santos no papel-título.

A Guerra dos Mascates - José de Alencar-Resumo do livro

Autor: José de Alencar

Resumo do livro:

Reporta-se um episódio da História do Brasil : a luta travada entre as cidades de Olinda e Recife, nos anos de 1710 e 1711, pelos pernambucanos proprietários de engenhos que viam com desconfiança a prosperidade de Recife, onde residiam os mascates, como eram designados os comerciantes portugueses, resultando forte animosidade. para fugir à autoridade de Olinda, então sede da capitania, os recifenses solicitaram e obtiveram do reino a jurisdição propria da sua vila. Rebelaram-se os de Olinda, que, armados, se apoderaram de Recife , depondo o governador e nomeando para o cargo o bispo de Olinda. Depois de várias lutas, os ânimos serão serenados, conservado Recife, sua autonomia.

A Capital - Eça de Queiroz - Resumo do livro

Autor: Eça de Queiroz

Resumo do livro:

Neste livro, Eça de Queiroz faz, com traços vigorosos e de maneira maliciosa, os retratos caricaturais de seus amigos íntimos. Com final ironia, chega a pôr em Artur Corvelo sua própria personalidade. Examina em todos os ângulos a sociedade portuguesa de seu tempo. Artur deixa a modesta terra natal e vai para Lisboa, alimentando doces ilusões, certo de que lá haveria melhor lugar para um intelectual. Depois das decepções voltou ao lugar tranqüilo, mas, em face da vida monótona, sentia saudade da capital, embora tivesse saído "daquele inferno em Lisboa, como um vencido de uma batalha" - com feridas por toda a parte - no seu amor traído, na sua ambição iludida.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Biocombustível

BIOCOMBUSTÍEL: é todo combustível produzido de fontes renováveis da biomassa*, como, por exemplo, o álcool e resíduos de madeira.Quanto ao biodiesel, que, também, é um biocombustível, consiste de ésteres metílicos ou etílicos produzidos pela transesterificação de óleos vegetais ou gorduras animais.

BIOMASSA: Compreende massas orgânicas de origem biológica ou de materiais não-fósseis, utilizáveis como combustível para produção de calor ou geração elétrica. Inclui:

Carvão: resíduos sólidos da destilação destrutiva e pirólise da madeira e de outros materiais vegetais.Madeira, resíduos de madeira e de outros detritos sólidos.

O Brasil tem capacidade para liderar o maior mercado de energia renovável do mundo. Isso porque no país existe matéria prima renovável em abundância para fabricar o biocombustível - combustível de origem vegetal, como cana de açúcar, óleos vegetais e da madeira, derivados de leite, gordura animal, entre outros.

O biocombustível ou combustível biológico é uma alternativa viável para substituição do petróleocom uma série de vantagens, tanto ambientais, como econômicas e sociais. Há um indicativo de que é possível 5% de adição de biocombustível no diesel de petróleo, que alimenta a economia, diminui a importação de petróleo e reduz a poluição.

O uso do petróleo como fonte energética representa uma das maiores causas da poluição do ar, e sua queima contribui para o efeito estufa. A energia renovável é uma alternativa para reduzir o efeito estufa. Além disso, o uso dela faz com que o país diminua a dependência do combustível fóssil, que num futuro muito próximo, dentro de 40 a 50 anos, estará em extinção.

De acordo com estudos, o biocombustível que se mostra totalmente viável é o álcool, pois já existem tecnologias e experiências em grande escala na área.

Em muitos locais já existe a eliminação da queima da cana de açúcar, o que aumenta a produtividade. "Sem a queima da cana, sobra a palhada, que é um componente estratégico em nível de energia. Só a palhada dá mais energia que a própria cana, além de aumentar o número de empregos no processo de colheitas, aumentar o teor de matéria orgânica do solo e reduzir a poluição do ar", argumenta José Otavio Brito, professor da Esalq.

A madeira é um elemento importante, e está em terceiro lugar, junto com a cana como recurso energético brasileiro. A Esalq tem várias ações na linha de madeira e transformações para energia, como carvão vegetal ou mesmo na utilização como lenha. Segundo Brito, no Brasil mais da metade da madeira é utilizada como fonte de energia, e 30 milhões de pessoas a usam como única fonte.

A obtenção de combustíveis a partir de óleos vegetais é realidade no país. Um exemplo é o óleo de palmeiras, que resultam na mais alta produção de energia dentre todas as plantas produtoras de óleo. Dentre essas palmeiras, se destaca o óleo de dendê, que é cultivado principalmente nas regiões pobres do nordeste e na região amazônica. Por produzir o ano todo, sem muitos custos e sem a necessidade de adubação nitrogenada, a dendeicultura abre empregos para populações pobres destas regiões.


Alguns tipos de biocombustíveis:

BIODIESEL: Mono-ester-alcalóide de ácidos gordos de longa cadeia, derivado de lipídos orgânicos renováveis, como sejam óleos vegetais e gorduras animais, para utilização em motores de ignição por compressão (diesel). Produzido por transestrificação por meio de metanol.

Biodiesel é um combustível obtido a partir de óleos vegetais como o de girassol, nabo forrageiro, algodão, mamona, soja e canola, é uma energia renovável e, portanto, uma alternativa aos combustíveis tradicionais, como o gasóleo, que não são renováveis.

O biodiesel reduz determinadas emissões poluentes e emissões de dióxido de carbono que é o gás responsável pelo efeito estufa que está alterando o clima em escala mundial, promove o desenvolvimento da agricultura nas zonas rurais mais desfavorecidas, criando empregos e evitando a desertificação. O biodiesel apresenta inúmeras vantagens em relação ao diesel comum.

Reduz a dependência energética do nosso País e a saída de divisas pela poupança feita na importação do petróleo bruto.

O biodiesel pode ser utilizado em motores diesel, puro ou misturado com diesel fóssil numa proporção que vai de 1 a 99%.

Processo:

A molécula de óleo vegetal é formada por três ésteres ligados a uma molécula de glicerina, o que faz dele um triglicídio.

O processo para a transformação do óleo vegetal em biodiesel chama-se TRANSESTERIFICAÇÃO.

Transesterificação nada mais é do que a separação da glicerina do óleo vegetal. Cerca de 20% de uma molécula de óleo vegetal é formada por glicerina. A glicerina torna o óleo mais denso e viscoso. Durante o processo de transesterificação, a glicerina é removida do óleo vegetal, deixando o óleo mais fino e reduzindo a viscosidade.

Para se produzir o biodiesel, os ésteres no óleo vegetal são separados da glicerina. Os ésteres são a base do biodiesel. Durante o processo, a glicerina é substituída pelo álcool, proveniente to etanol ou metanol. Damos preferência ao etanol por ser menos agressivo que o metanol.

Para realizar a quebra da molécula, precisamos de um catalisador, que pode ser o hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio. Com a quebra, a glicerina se une a soda caustica (hidróxido de sódio) e decanta (por ser mais pesada que o biodiesel). O éster se liga ao álcool, formando o biodiesel.

A reação do biodiesel ocorre entre um ácido (óleo vegetal) e duas bases (etanol e catalisador). A quantidade de catalisador usada no processo de fabricação do biodiesel irá depender do pH do óleo vegetal. O sucesso da reação depende da capacidade de medir o pH, ou mesmo, da acidez do óleo vegetal.

Características do Biodiesel

  • O biodiesel é mais seguro do que o diesel de petróleo. O ponto de combustão do biodiesel na sua forma pura é de mais de 300 F contra 125 F do diesel comum. Equipamentos a biodiesel são, portanto, mais seguros.
  • A exaustão do biodiesel é menos ofensiva. Seu uso resulta numa notável redução dos odores, o que é um benefício real em espaços confinados. Seu cheiro se assemelha um pouco com o cheiro de batata frita. Não foram noticiados casos de irritação aos olhos. Como o biodiesel é oxigenado, ele apresenta uma combustão mais completa.
  • Biodiesel não requer armazenamento especial. Na sua forma natural pode ser armazenado em qualquer lugar onde o petróleo é armazenado, e pelo fato de ter maior ponto de fusão é ainda mais seguro o seu transporte.
  • O biodiesel funciona em motores convencionais.
  • O biodiesel é renovável, contribuindo para a redução do dióxido de carbono.
  • O biodiesel pode ser usado sozinho ou misturado em qualquer quantidade com diesel de petróleo.
  • Aumenta a vida útil dos motores por ser mais lubrificante. É biodegradável e não-tóxico.


TIPOS DE BIODIESEL

Há três modos de usar óleo vegetal num motor Diesel. Cada método tem suas vantagens e desvantagens.

O Biodiesel: é um combustível feito a partir de 80 a 90% de óleo vegetal, 10 a 20% de álcool e 0,35 a 1,5% de catalisador. É um combustível estável, funciona bem em todos os motores Diesel, tem baixa emissão de poluentes, pode ser misturado ao óleo diesel, é fácil de produzir, seguro e sem riscos ao meio ambiente.

O Biodiesel de Mamona além de possuir uma enorme vantagem social, possui algumas vantagens de ordem técnica. Seu óleo é predominantemente composto (90%) de ácido ricinoléico combinado. Esse ácido possui 18 átomos de carbonos em sua molécula, além de uma dupla no carbono 9 e uma hidroxila no carbono 12. Isso quer dizer que ele possui a vantagem de conter predominantemente um ácido mono-insaturado e possuir um maior teor de oxigênio em sua molécula.

O Óleo Vegetal e Querosene: ainda em teste, essa mistura requer cuidado e atenção nas proporções, com resultados inferiores ao Biodiesel. Se mal feito pode causar danos ao motor. Esse método requer um tanque extra no automóvel.

O Óleo Vegetal Puro: tanto o óleo vegetal usado quanto o novo podem ser usados. Esse método requer modificação no motor, pois é preciso aquecer o óleo vegetal para que ele fique com a mesma consistência e viscosidade que o óleo diesel. É preciso um tanque extra e de um trocador de calor.

GÁS NATURAL: O Gás natural veicular é uma mistura de gases (hidrocarbonetos leves e gases inertes) com cerca de 90%de metano. Não é Tóxico. Após sua extração, o Gás natural é enviado por gasoduto a Unidades de Processamento de Gás natural para retirada de frações condensáveis e mais pesadas do Gás natural, como a gasolina natural e o gás liquefeito do petróleo - GLP (mistura de propano e butano) - gás de cozinha, resultando em um gás seco, limpo e extremamente leve em relação ao ar, com excelentes qualidades energéticas para consumo nos veículos e industrias.

O Gás natural é reconhecidamente mais seguro que os demais combustíveis. Por ser mais leve, o gás, em caso de vazamento, se dissipa rapidamente na atmosfera, diminuindo o risco de explosões e incêndios e, ainda, para se inflamar é necessário que se submeta a uma temperatura superior à 620ºc. Somente para efeito de comparação, o álcool se inflama à 200ºc e a gasolina à 300ºc.

Os veículos movidos a gás emitem menos poluentes (óxidos nitrosos, dióxido de carbono e principalmente o monóxido de carbono).

Hoje existem no mundo 160.000.000 de toneladas de petróleo, garantindo uma reserva de aproximadamente 40 anos, enquanto o gás está em condições de garantir uma reserva de 65 anos.


Principais vantagens do uso do Gás Natural Veicular:

  • Economia de aproximadamente 70% no valor do combustível
  • Redução da alíquota do IPVA
  • Maior vida útil do motor
  • As características de sua queima são pouco agressivas ao meio ambiente
  • O Veículo torna-se bi-combustível. A conversão do carro para o GNV não elimina a possibilidade de utilizar o combustível original
  • Maior duração de calibração dentro dos limites de poluentes, por ser um sistema estável.


OS ÁLCOOIS: O metanol ou álcool metílico pode ser extraído da madeira, do carvão ou do próprio gás metano.

O etanol ou álcool etílico pode ser extraído do milho, da soja, do côco de babaçu, da beterraba, da batata ou da cana de açúcar.

Tanto o metanol quanto o etanol aplicam-se a motores movidos a gasolina, que costumam equipar veículos leves e médios. A queima desses combustíveis ocorre de maneira mais limpa que a gasolina, produzindo menos hidrocarbonetos e monóxido de carbono, porém, essa queima produz formaldeído, considerado um gás cancerígeno.

Em termos de preço, a produção do etanol é mais cara que a de metanol. No Brasil, a produção de etanol gera como resíduos o bagaço da cana de açúcar e o vinhoto, que é poluente e normalmente é rejeitado a céu aberto, em rios e lagoas, provocando danos ao meio ambiente, embora exista tecnologia capaz de biodigerir o vinhoto e transformá-lo em gás natural.

GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP): O gás liquefeito de petróleo é uma mistura de hidrocarbonetos, possuindo maior incidência de propano e butano. Pode ser aplicado como combustível em substituição à gasolina, com desempenho similar aos veículos movidos a gás natural.

É um tipo de combustível mais utilizado industrialmente, alimentando empilhadeiras, tratores, máquinas e implementos agrícolas. As frações mais pesadas do ás e suas impurezas produzem maior emissão de hidrocarbonetos que o gás natural, além de possuir manuseio mais perigoso.

HIDROGÊNIO: É um combustível limpo, cuja combustão emite apenas vapor d'água e óxido de nitrogênio.

O hidrogênio pode ser encontrado na atmosfera em larga escala, sendo possível o seu uso em substituição à gasolina. Mas assim como o gás natural, o hidrogênio gasoso é muito difícil de se estocar e na fase líquida necessita de tanques muito caros, o que inviabiliza sua comercialização.

A Europa no tempo de Napoleão

A Europa viveu um período de grande intranquilidade após a Revolução Francesa. De um lado, a burguesia francesa não tinha paz com as constantes ameaças de monarquistas e revolucionários radicais (jacobinos). Ela precisava de um grande líder que consolidasse a revolução burguesa no país. Terminou escolhendo Napoleão Bonaparte, que se tornaria um dos personagens mais controvertidos da história ocidental. Do outro lado, as monarquias tradicionais européias temiam o avanço dos ideais revolucionários em seus países. Acabaram se aliando para lutar contra o expansionismo francês. Era a reação conservadora para manter o Antigo Regime.

Napoleão Bonaparte
Napoleão Bonaparte

A Ascensão

Napoleão havia nascido na Ilha de Córsega e seguira carreira militar. Ao iniciar a revolução, ele adere prontamente como partidário dos Jacobinos, se destaca nas ações militares em Toulon e graças à sua brilhante atuação é nomeado general-de-brigada com apenas 24 anos. Se internamente o Diretório enfrentou uma situação de problemas insolúveis, buscou externamente, nas guerras, levantar ânimo e finanças.

Napoleão foi, então, indicado para liderar as tropas francesas contra os austríacos no norte daItália, entre 1796 e 1797, onde após seguidas vitórias assinou o Tratado de Campo Fórmio, dando à França o domínio sobre a Bélgica e a margem esquerda do Reno.

Após tal sucesso, Napoleão concebe um plano de expansão que visava combater a Inglaterraatravés da conquista do Egito, ponto de ligação comercial dos britânicos com o Oriente.

Contando com 467 navios e 40.000 soldados, entre 1798 e 1799, enfrentou e venceu exércitos egípcios, turcos e ingleses, embora tenha perdido a frota naval em Abukir, quando a marinha inglesa, sob o comando de Nelson, saiu-se vitoriosa. Napoleão deixou seu exército no Egito e voltou para a França, onde o Diretório enfrentava dificuldades.

O Diretório estava pressionado pelas disputas políticas, onde por um lado eram atacados pelos monarquistas que pretendiam a volta ao antigo regime e, por outro, os Jacobinos queriam a volta ao regime da Convenção.

Essas dificuldades políticas aliada à crise financeira e á corrupção e incompetência dos Diretórios, levam a alta burguesia a articular um golpe de estado visando estabelecer um governo forte que desse estabilidade ao país. Com o apoio de Napoleão, alguns membros do Diretório executam esse golpe em 9 de novembro ( 18 Brumário no calendário revolucionário ) conhecido como Consulado.

O Consulado ( 1799-1804 )


Apesar de aparentemente ser uma república democrática, o governo passou a ser exercido despoticamente por Napoleão, como uma monarquia militar.

Napoleão sabia que para se manter no poder, precisava contar com o apoio tanto da alta como da pequena burguesia. Para isso, procurou garantir a segurança interna e a paz externa.

No plano externo, derrota novamente os austríacos e assina a paz de Amiens com os ingleses.

Internamente, toma várias medidas para reorganizar a administração do Estado e estabelecer a paz adotando uma política de conciliação; aperfeicoou a arrecadação dos impostos e criou o Banco da França com um grupo de banqueiros, melhorando sensivelmente a situação econômica; reorganizou o ensino e estabeleceu a paz com a Igreja Católica através da Concordata ( o papa reconhecia a perda dos bens eclesiástico e, em troca, o Estado não interferiria com os cultos religiosos ), e criou o Código Civil, que foi uma compilação sistemática de leis, cujo objetivo principal era assegurar à burguesia o usufruto da propriedade.

O êxito da política interna e externa dão uma grande popularidade a Napoleão, que recebe, em 1802, o direito de indicar seu sucessor: era, de fato, o estabelecimento de uma monarquia hereditária.

Em 1804, com total apoio da burguesia, faz realizar um plebiscito que lhe confere o título de imperador.

O Império Napoleônico ( 1804-1814 )

Império Napoleônico

O Império Napoleônico foi, para a França e a Europa, um período de guerras constantes, tanto pela ambição francesa que buscava ampliar suas fronteiras, quanto pela identificação, por parte dos demais países europeus, do governo de Bonaparte, com o triunfo das idéias revolucionárias.

Em dezembro de 1804, Napoleão é coroado( o fato curioso foi que, quem iria colocar a coroa na cabeça de Napoleão, era o papa, e na hora em que o papa o iria coroar, ele tirou a coroa da mão do papa e ele próprio colocou a coroa em sua cabeça, foi sem dúvida uma agressão ao papa e uma forma de Napoleão mostrar seu poder ao clero ). Restaurava-se a monarquia sob a forma de império autoritário, com uma nova corte, formada e criada por uma nobreza imperial, com os títulos tradicionais.

O governo tornou-se despótico, desrespeitando as liberdades individuais e políticos, embora o Império desse à França uma prosperidade que lhe valeu o apoio de todas as classes da população.

As reformas econômicas continuavam. O Estado intervinha na economia associado à burguesia, enquanto a agricultura e a indústria recebiam programas de desenvolvimento. A estabilidade interna garantia a paz necessária ao desenvolvimento material, concretizando a aliança do governo com a burguesia.

Externamente, desde 1803, houve o reínicio da guerra contra a Inglaterra, que contava com o apoio dos reis absolutistas, que viam em Napoleão a continuação dos ideais da Revolução Francesa e temiam que estes ideais se infiltrassem através de suas fronteiras.

A Inglaterra, apesar de ser uma nação liberal, via na prosperidade do capitalismo francês uma ameaça na disputa de mercados comerciais para os produtos de sua Revolução Industrial.

Em 1805, a Inglaterra, Àustria e Russia se unem na terceira Coligação contra a França. Os ingleses vencem no mar, em Trafalgar, mas os austro-russos são derrotados em terra na batalha de Austerlitz.

Para enfraquecer a economia inglesa, Napoleão decreta o Bloqueio Continental, obrigando todos os países europeus a fecharem seus portos ao comércio inglês ( é nesse ponto da história que a família real portuguesa tem que fugir para o Brasil, devido ao furo no Bloqueio Continental ). Nessa época, praticamente toda a Europa estava sob o domínio ou influência de Napoleão: seu exército, bem organizado e numeroso, perecia invencível.

Em 1812, a Rússia, que dependia do comércio inglês, rompe o bloqueio decretado por Napoleão que, em represália, acaba invadindo-a.

A Campanha da Rússia acabaria sendo um desastre para o exército napoleônico( 95 % do seus soldados morreram de fome e frio ). Após uma uma fácil penetração em território russo, os franceses são dizimados pelo rigoroso inverno, tendo que bater em retirada fustigados pela reação do exército russo ( os russo incendiavam as próprias cidades para que, quando o exército francês chegasse não tivesse nem água, alimentos e roupas )

Incentivados por essa derrota, a Prússia e a Áustria se unem à Rússia, vencendo Napoleão em Leipzig ( 1813 ). Em seguida, invadem a França e abrigam Napoleão e renunciar se retirando para a pequena Ilha de Elba.

Governo dos Cem Dias

A dinastia dos Bourbons é restaurada, subindo ao trono Luís XVIII, irmão do rei guilhotinado durante a revolução, mas , diante da insatisfação popular, Napoleão tenta retomar o poder: foge da Ilha de Elba e volta a Paris ovacionado pelo povo.

Inicia-se então, um período conhecido como " Governo dos Cem Dias ". Tenta reorganizar o exército, mas, é definitivamente derrotado na Batalha de Waterloo ( 1815 ) por ingleses e prussianos. O rei Luís XVIII, que havia fugido, volta ao trono.

Napoleão é considerado prisioneiro de guerra e é enviado para a Ilha de Santa Helena, onde morre, em 1821.

O Congresso de Viena

Os países europeus se reuniram, após a deposição de Napoleão, em Viena para reorganizar politicamente o continente europeu.

Embora todos os países da Europa fossem convidados para este congresso, as decisões ocorreram entre as quatro potências da época: Inglaterra, Rússia, Áustria e Prússia.

O Princípio da Legitimidade, proposto por Talleyrand, representante francês e ex-acessor de Napoleão, orientou as decisões que restabeleceram as fronteiras anteriores à Revolução Francesa, restaurando as monarquias absolutistas.

Temerosos de que os ideais revolucionários franceses retornassem na Europa, os reis absolutistas organizaram um instrumento de intervenção contra movimentos revolucionários ou separatistas; a Santa Aliança, formada inicialmente pela Rússia, Áustria e Prússia, tinha o objetivo de manter a ordem estabelecida contra qualquer manifestação revolucionária.

O presidente norte-americano, James Monroe, temeroso de que a Santa Aliança intervisse nos processos de independência na América lançou, em 1823, o preceito conhecido como Doutrina Monroe, que considerava ato de agressão aos Estados Unidos qualquer tentativa de interferência européia em assuntos políticos americanos, sintetizada na frase " A América para os americanos "

A Variação Linguística no Dia a Dia

Uma língua pode ser falada e escrita de maneiras distintas, recebendo o nome de “variedades lingüísticas”, apresentadas de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.

Pode ser causada por fatores externos à língua, como por exemplo, uma pessoa que mora na região sul do Brasil fala diferente de uma que mora na região nordeste, assim como, as pessoas que são de classes sociais diferentes também falam de maneira distinta, de acordo com seu status.

A língua pode sofrer variação de acordo com a situação em que é empregada, a região em que é utilizada, o grau de escolaridade do falante, a intenção de quem a utiliza, a quem se destina a mensagem e a condição social de quem faz uso da língua.

A variedade pode acontecer por traços lingüísticos, seja a pessoa falar de acordo com seus hábitos, grupos ou modo de vestir, assim como, o próprio falante prestar atenção a sua fala e assim variar sua expressão verbal. Como exemplo, uma pessoa idosa não fala como uma criança ou um jovem.

Há também fatores internos que contribuem para essa variedade, nesse caso quando a gramática interior da língua sofre alterações, pois existem palavras que podem ser faladas de formas distintas e outras que não são permitidas. Por exemplo, a palavra “peixe” que pode ser falada eliminando ou mantendo a vogal, sendo pronunciada “pexe”.

É através das variações lingüísticas que se percebe a necessidade do ensino da língua respeitando essas variantes que advém de uma cultura já adquirida e que não deve ser modificada, apenas moldada para garantir a democratização do saber.

RESUMO SOBRE O EGITO ANTIGO.

1. A evolução política do Egito Antigo

Período pró-dinástico: a formação do Egito

O trabalho coletivo deixou de ser uma necessidade no Egito Antigo, uma vez que cada família passou a ser proprietária das terras que cultivava. A desagregação das comunidades primitivas ocorreu na medida em que a agricultura se desenvolveu e os utensílios de cobre foram substituindo os de osso e pedra até então utilizados. A perda das propriedades por muitas famílias fez com que aumentasse o número de camponeses dominados pelos senhores poderosos. Surgiram, assim, pequenas unidades politicamente independentes, denominadas nomos, cada uma delas governada por um nomarca.

Todos esses acontecimentos ocorreram antes que surgisse o primeiro faraó — chefe supremo. Por isso, tal fase é conhecida como período pré-dinástico. Os nomos não demoraram a entrar em choque uns com os outros. Os nomos menores desapareceram, anexados pelos mais fortes. O represamento das águas obrigou muitas famílias a abandonar suas terras e ir trabalhar em nomos vizinhos.

As lutas levaram à constituição de dois remos, um ao sul e outro ao norte, conhecidos como Alto e Baixo Egito. O reino do sul tinha como símbolo uma coroa branca e o reino do norte era simbolizado por uma coroa vermelha.

Por volta de 3200 a.C., um rei do sul, Menés, venceu o norte e unificou o Egito, colocando em sua cabeça as coroas branca e vermelha. A capital do reino passou a ser Tínis e Menés tomou-se o primeiro faraó.


O Antigo Império (3200 a 2200 a.C.)

Os sucessores de Menés permaneceram no poder por mais de um milênio e durante todo esse período o Egito antigo viveu um isolamento quase completo. O faraó detinha o poder supremo, sendo considerado uma encarnação do próprio deus Rá (o Sol). Sua presença era imprescindível até para as enchentes do Nilo, nas épocas certas do ano.

Durante essa fase da história egípcia, a camada sacerdotal adquiriu grande influência e riqueza. Foram construídas as três grandes pirâmides de Gizé, atribuídas aos faraós Quéops, Quéfrem e Miquerinos. Na nova capital, Mênfis, havia grandes estoques de grãos arrecadados ao povo e rigorosamente vigiados pelos escribas.

Pirâmides egípcias
Pirâmides de Quéops, Quéfrem e Miquerinos.

Uma nobreza privilegiada cooperava na administração e na exploração dos camponeses, angariando grande poder. Esse fortalecimento levou-a a tentar assumir o controle direto do Estado.

Seguiu-se um período de anarquia em que praticamente cada nobre se julgava em condições de ocupar o trono faraônico; o clero aproveitou-se para expandir seu poder político, apoiando ora este, ora aquele pretendente ao título de faraó.

O Médio Império (2000 a 1750 a.C.)

Nessa fase teve início uma nova dinastia e outra capital: a cidade de Tebas. O Egito antigo expandiu-se em direção ao sul, aperfeiçoou a rede de canais de irrigação e estabeleceu colônias mineradoras no Sinai. A ambição dos nobres e do clero fez com que o cobre fosse buscado fora da África, tomando o Egito conhecido de outras populações do Oriente Médio.

Alguns povos procedentes da Ásia Menor desencadearam uma série de ataques em direção ao vale do Nilo. Finalmente, os hicsos, povo semita que já conhecia o cavalo e o ferro, derrotaram as forças faraônicas do Sinai e ocuparam a região do delta do Egito, onde se instalaram de 1750 a 1580 a.C. Foi durante essa dominação estrangeira que os hebreus se estabeleceram no Egito.

O Novo Império (1580 a 1085 a.C.)

O faraó Amósis I expulsou os hicsos, dando início a uma fase militarista e expansionista da história egípcia. Sob o reinado de Tutmés III, a Palestina e a Síria foram conquistadas, estendendo o domínio do Egito até as nascentes rio Eufrates.

Templo de Luxor, construção do Egito antigo
Portal de entrada do templo de Luxor, construído por Ramsés II, um dos maiores nomes do novo Império Egípcio.

Durante esse período de apogeu, o faraó Amenófis IV empreendeu uma revolução religiosa e política. O soberano substituiu o politeísmo tradicional, cujo deus principal era Amon-Ra, por Aton, simbolizado pelo disco solar. Essa medida tinha por finalidade eliminar a supremacia dos sacerdotes, que ameaçavam sobrepujar o poder real. O faraó passou a denominar-se Akhnaton, atuando como supremo sacerdote do novo deus. A revolução religiosa teve fim com o novo faraó Tutancaton, que restaurou o politeísmo e mudou seu nome para Tutancamon.

Com a instauração da capital em Tebas, os faraós da dinastia de Ramsés 11(1320-1232 a.C.) prosseguiram as conquistas. O esplendor do período foi demonstrado pela construção de grandes templos, como os de Luxor e Carnac.

As dificuldades do período começaram a surgir com as constantes ameaças de invasão das fronteiras. No ano 663 a.C., os assírios invadiram o Egito.

O Renascimento Saíta (663 a 525 a.C.)

O faraó Psamético I expulsou os assírios e instalou a capital em Saís, no deita do rio Nilo. A recuperação do período foi marcada pela ampliação do comércio, graças ao trabalho de alguns soberanos.

As lutas pela posse do trono levaram o Egito à ruína. Os camponeses se levantaram e a nobreza digladiava-se com o poderoso clero. Novas invasões sobrevieram: os persas, em 525 a.C., na batalha de Pelusa; o rei macedônio Alexandre Magno, em 332 a.C.; e os romanos, em 30 a.C., pondo fim ao Egito como Estado independente.

2. A organização econômica do Egito Antigo

No decorrer de sua história, o Egito transformou-se em uma imensa civilização presa ao comportamento do rio; a população dedicava-se a lavrar o solo e a levar uma vida pacífica. Gozando de uma proteção natural, proporcionada pelos acidentes geográficos — Mar Vermelho, a leste; deserto da Líbia, a oeste; Mediterrâneo, ao norte; e o deserto da Núbia, ao sul — o Egito pôde gozar de paz externa durante a maior parte da Antigüidade.

O Egito antigo teve na agricultura a maior concentração de trabalho, constituindo-se em uma das mais privilegiadas civilizações do Oriente Médio, considerada o grande celeiro do mundo antigo. As terras mostravam-se férteis e generosas, favorecidas pelo rio e pela fertilização natural, beneficiadas pelos diques e canais de irrigação. Ao longo do Nilo estendiam-se as plantações de trigo, cevada e linho cuidadas pelos felás (camponeses egípcios), desenvolvendo-se rapidamente graças ao aperfeiçoamento das técnicas de plantio e semeadura. A charrua, puxada pelos bois, e o emprego de metais propiciaram grandes colheitas. Teoricamente, as terras pertenciam ao faraó, porém a nobreza detinha grande parte delas. Enormes armazéns guardavam as colheitas, que eram administradas pelo Estado. Uma parte da produção chegava a ser exportada.

O comércio processava-se entre o Alto e o Baixo Egito por meio de embarcações que subiam e desciam o rio abarrotadas de cereais e produtos artesanais. A presença da tecelagem, da fiação e a confecção de sandálias de folhas de papiro, bem como a ourivesaria, propiciaram um desenvolvimento razoável do comércio interno, uma vez que poucas relações eram tidas com o exterior.

O pastoreio completava os trabalhos na terra. Rebanhos de gado bovino e ovino podiam ser vistos nos campos próximos ao rio, cuidados por pastores.

De um modo geral, a economia egípcia é enquadrada no modo de produção asiático, em que a propriedade geral das terras pertencia ao Estado e as relações sociais de produção fundamentavam-se no regime de servidão coletiva (não se pode, porém, falar em modo de produção servil, aplicável somente ao sistema feudal). As comunidades camponesas, presas à terra que cultivavam, entregavam os resultados da produção ao Estado, representado pela pessoa do rei. Este, às vezes, obrigava os camponeses a trabalhar na construção de canais de irrigação e barragens, propiciando o desenvolvimento da agricultura e o sustento precário dos aldeães.

3. A sociedade egípcia

Nessas “sociedades hidráulicas”, a distinção social começou a se fazer notar quando a luta pela posse das áreas cultiváveis levou a se defrontarem os camponeses, na posição de possuidores da força de trabalho, e os proprietários das terras, que delas se apoderaram e as mantinham invocando a proteção dos deuses e dos sacerdotes.

O topo da pirâmide social era ocupado pela família do faraó; este, por se considerar um deus encarnado, possuía prerrogativas únicas.

O estamento sacerdotal também ocupava uma posição invejável, juntamente com a nobreza detentora das terras e do trabalho dos camponeses. Com o crescimento do comércio e do artesanato, durante o Médio Império, surgiu uma classe média empreendedora, a qual chegou a conquistar uma certa posição social e alguma influência no governo.

Os burocratas passaram a ocupar um lugar destacado na administração, principalmente no que tangia ao recolhimento da produção dos camponeses. Havia toda uma hierarquia de escribas, cujo grau variava de acordo com a confiança neles depositada pelo faraó e nobreza.

Os artesãos ocupavam uma posição inferiorizada, junto aos camponeses. Estes eram fiscalizados por funcionários especiais.

Apesar de o governo manter escolas públicas, estas formavam, em sua maioria, escribas destinados a trabalhar na administração do Estado Faraônico.

A sociedade no Egito antigo
A imobilidade e a rígida hierarquização são marcas essenciais da sociedade egípcia antiga.

4. A vida religiosa e o politeísmo no Egito Antigo

A religiosidade dos povos orientais pode facilmente ser aquilatada por uma constatação atual, pois as cinco grandes religiões de nossos dias tiveram suas origens no Oriente. Uma enorme variedade de deuses, fórmulas religiosas e cultos são provenientes dessas regiões.

A existência dos deuses satisfazia à ânsia do homem em ver atendidas suas aspirações e ao mesmo tempo afastava seus temores íntimos. Protetores da água, da chuva, da colheita, das plantas, dos pescadores, eram todos cultuados por formas que iam desde o incenso até ao sacrifício de animais e homens, tudo com intenção de conseguir suas boas graças. Os próprios governantes se revestiam de caracteres divinos a fim de serem mais respeitados. Paralelamente à instituição religiosa, estruturaram- se os sacerdotes, uma camada fechada que cresceu em praticamente todas as civilizações antigas. O clero ocupava uma posição social e econômica privilegiada, influenciando o governo e o povo.

No Egito antigo, como em quase toda a Antigüidade, a religião assumia a forma politeísta, compreendendo uma enorme variedade de deuses e divindades menores.

No Egito, muitos animais gozavam de um culto todo especial, como era o caso do gato, do crocodilo, do íbis, do escaravelho e do boi Apis; havia também divindades híbridas, com corpo humano e cabeça de animal: Hator (a vaca), Anúbis (o chacal), Hórus (o falcão protetor do faraó). Havia ainda deuses antropomórficos, como Osíris e sua esposa Isis.

O Mito de Osíris ilustra bem a religiosidade dos egípcios, a ponto de terem se decidido a erigir túmulos e templos em homenagem à morte e à vida futura.

O principal deus egípcio era Amon-Ra, combinação de duas divindades, e que era representado pelo Sol; em torno dele girava o poder sacerdotal. A preocupação com a vida futura era grande e os cuidados com os mortos eram contínuos, bastando lembrar as cerimônias fúnebres, nas quais se realizavam as oferendas de alimentos e de incenso.

Acreditava-se em um julgamento após a morte, quando o deus Osíris iria colocar em uma balança o coração do indivíduo, para julgar seus atos. Os justos e os bons teriam como recompensa a reincorporação e depois iriam para uma espécie de Paraíso.

O trecho abaixo, extraído do Livro dos Mortos dos egípcios, descreve o júbilo daquele que foi absolvido pelo tribunal de Osíris:

“Salve, Osíris, meu divino pai! Tal como tu, cuja vida é imperecível, os meus membros conhecerão a vida eterna. Não apodrecerei. Não serei comido pelos vermes. Não perecerei. Não serei pasto dos bichos. Viverei, viverei! As minhas entranhas não apodrecerão. Os meus olhos não se fecharão, a minha vista permanecerá tal como hoje é. Os meus ouvidos não deixarão de ouvir .

A minha cabeça não se separará do meu pescoço. A minha língua não me será arrancada, Os meus cabelos não me serão cortados. Não me serão raspadas as sobrancelhas. O meu corpo conservar-se-á intacto, não se decomporá, não será destruído neste mundo.”


A experiência monoteísta

Por volta de 1360 a.C., o Egito antigo viu nascer o primeiro culto monoteísta — o culto a Aton. Afirma-se que foi a primeira religião monoteísta da História, sendo mesmo ante- flor à dos hebreus. O politeísmo entravava o progresso egípcio, pois a camada sacerdotal era muito grande e sua manutenção resultava onerosa para o Estado. Os sacerdotes interferiam constantemente nos assuntos políticos e o próprio faraó, muitas vezes, não passava de um joguete do clero. Aproveitando-se da religiosidade do povo, os sacerdotes alcançaram uma extraordinária ascendência, convertendo a civilização egípcia como que em sua propriedade particular.
O perigo do poder clerical foi sentido por Amenófis III que, para se livrar da influência do clero, mudou seu palácio para longe dos templos.

Contra a tradição politeísta levantou-se o faraó Amenófis IV, que instituiu uma nova religião, com o culto dedicado a um deus único: Aton (o disco solar). Esperava com isso quebrar o poder da camada sacerdotal. Organizou um novo clero e mudou sua capital para a cidade de Aquetaton, “horizonte de Aton” (atual Tell ElAmarna). Trocou seu nome para Akhnaton, “servidor de Aton”, e compôs um Hino ao Sol. Essa tentativa monoteísta, porém, foi efêmera. Com a morte de Amenófis, as coisas voltaram ao estágio anterior e o clero e a nobreza recuperaram sua influência.

Escultura do Egito Antigo - culto ao sol
Akhnaton realizando o culto ao sol.


5. A herança cultural do Egito Antigo

Muitos edifícios construídos no Egito antigo chegaram até nós em bom estado de conservação. Pirâmides, hipogeus, templos e palácios de dimensões gigantescas atestam a importância da arquitetura egípcia.

Tendo-se voltado para a vida coletiva e religiosa, as construções egípcias são marcadas pela grandiosidade dos templos e dos túmulos. Os templos de Carnac e Luxor nos dão mostras de como a arte e a religião estavam interligadas. A solidez, a grandiosidade e os artifícios procurando exaltar o volume são as características mais salientes dessas obras. Estátuas de deuses e faraós acompanham essas dimensões, com decorações esculpidas e pintadas descrevendo episódios ligados às figuras representadas.

A pintura egípcia prendeu-se principalmente a temas da Natureza e da vida cotidiana, sendo muitas vezes acompanhada de hieróglifos explicativos.

A invenção da escrita propiciou o desenvolvimento da literatura. A escrita ideográfica, nascida no Egito, iria evoluir para o alfabeto fonético com os fenícios. Utilizando três formas de escrita (hieroglífica, hierática e demótica), os egípcios deixaram-nos obras religiosas como o Livro dos Mortos e o Hino ao Sol, além da literatura popular de contos e lendas.

A decifração da escrita egípcia foi feita por Jean-François Champollion que, observando e comparando os diversos tipos de escrita encontrados em um achado arqueológico, estabeleceu um método de leitura graças ao grego arcaico que também se encontrava no texto. Surgiu assim a ciência conhecida como Egiptologia, a qual vem constantemente evoluindo com novas descobertas e restaurações.

As ciências exatas também tiveram oportunidade de expansão, uma vez que as necessidades de ordem prática forçaram o desenvolvimento da Astronomia e da Matemática. A Geometria desenvolveu-se pela necessidade de se redemarcarem as terras quando as águas do Nilo voltavam a seu leito. A Medicina, por sua vez, está de certa forma ligada à própria prática da mumificação, o que a levou a um desenvolvimento razoável; por outro lado, a farmacopéia egípcia notabilizou-se por sua variedade. Havia instituições de sacerdotes-médicos e os papiros atestam o regular conhecimento de doenças e a própria especialização da atividade médica.

A mumificação constituiu uma técnica de grande importância na civilização do Egito antigo. Os métodos, até hoje pouco conhecidos, produziram resultados notáveis, que se podem ver em museus de diversas partes do mundo.

domingo, 19 de junho de 2011

Bem vindos a meu espaço.

Oi queridos alunos,sejam bem vindos a meu espaço, vamos aqui tentar te auxiliar,nos estudos,para os mais diversos concursos.
Enem, Ufpe,Upe, enfim ,nas mais disputadas provas.
Vamos começar a trabalhar. Essa apóstilha foi montada por minha pessoa, e quarta feira eu postarei o gabarito dela. ela tem mais de 30 questões , só não coloquei língua estrangeira,pois cada aluno tem a sua preferida.

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